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Olha-m'este!


À direita do Pai!
Ámen!

Jorge Barroso ganhou - à vontade - as eleições na Nazaré. Sabe lá ele a luta que isso significa! É que a gente está cá para lhe roer o calcanhar.
Jorge Barroso, com a velha política do medo e do controlo, continua presidente da Câmara. Hoje uma rapariga disse-me que para a Assembleia Municipal votou Bloco, mas para a Câmara, PSD - porque está lá a trabalhar há um mês.
Eu sei que é verdade.

Hoje está a ser a grande vitória dos carnavais, da desinformação, do controlo do emprego por quem detém o poder.
Resta olhar para o PS - será que vai ser oposição? Nada! Tenho a certeza que será a repetição do que tem sido, vai aprovar e alinhar em todas as fracas ideias do PSD.

Caras amigas e caros amigos, temos muito caminho a fazer, temos muito combate. Jorge Barroso, encha-se de legitimidade, como quiser... Mas isto tem de acabar. Tem mesmo de acabar.
Eu, como eleito, não emigro. Mas compreendo que haja muita gente a fazer as malas neste momento.

Francisco Louçã defende o espaço público em S. Gião


(foto de Paulete Matos)
Francisco Louçã e Heitor Sousa visitaram a Igreja Visigótica de S. Gião, na Nazaré. Este monumento da responsabilidade do IGESPAR está fechado e abandonado desde há muito, apesar de já ter servido de estábulo ou arrecadação aos locais. Ver fotogaleria.

A visita permitiu comprovar as grandes dificuldades de acesso ao local, com centenas de buracos em poucas centenas de metros de terra batida. A Igreja está coberta com zinco e suportada por dezenas de escoras.

"Esta capela, identificada apenas nos anos 80, remonta ao séc. V como referem várias fontes", explicou Moisés Espírito Santo, relacionando este monumento a um de homenagem a Neptuno - Deus do Mar, para os Romanos.

O candidato à Assembleia Municipal da Nazaré, Fábio Salgado, afirmou que "esta peça do património nazareno, e o seu estado, são simbólicos do que representa para a Nazaré ter a autarquia com uma política de direita durante 16 longos anos". Acrescentou que "nesta área de Reservas Ecológica e Agrícola Nacionais, junto a este monumento e com as Dunas aqui ao lado, serão criados campos de golfe, resorts - o espaço público de alta qualidade é entregue ao domínio privado".

Francisco Louçã reconheceu a importância do local e da iniciativa da candidatura aos órgãos autárquicos da Nazaré. Declara que "estes grandes projectos aparecem sempre antes das eleições, prometendo mundos e fundos, milhares de empregos, quando na verdade a Nazaré precisa de uma política que respeite o que tem; que possa fixar pessoas. Por isto é tão importante que o Bloco possa eleger mais deputadas e deputados municipais e reforçar a sua intervenção na vereação".

No final da visita, António José Peixe, candidato à Câmara Municipal da Nazaré, reforçou a ideia de que "é urgente recuperar este edifício, até para recuperar parte da história desta região".

Já em resposta aos jornalistas presentes, Francisco Louçã diz que "onde parecia impossível que a esquerda tivesse expressão, o Bloco tornou elegeu o deputado para a Assembleia da República, Heitor Sousa". Acrescentou que este é "o princípio de uma grande mudança". Que exige "mais responsabilidade, mais política ambiental, mais política urbana, mais compromisso. Exige também mais defesa do passado, do património e, portanto, do presente e do futuro." O coordenador do Bloco de Esquerda acrescentou que está com "muita confiança nas próximas eleições."

Francisco Louçã concluiu que, sendo certo que há neste caso responsabilidade do Estado, o Bloco de Esquerda, intervirá sobre a Igreja de S. Gião, assim que o deputado eleito tomar posse" - o que acontecerá na próxima semana.

Valado mais seguro com o Bloco !


O Bloco de Esquerda decidiu, responsavelmente, encerrar o Parque Infantil do Valado dos Frades, ontem, 29 de Setembro. As razões são óbvias e visíveis: o parque infantil está destruído e tem graves e perigosas armadilhas. Desde pregos soltos a tábuas partidas, o parque não tem condições nenhumas para ser utilizado.
No Valado dos Frades, o parque infantil não tem supervisão e costuma estar aberto até durante a noite. Sem iluminação, sem água e com peças a menos, este parque é um perigo extremo para quem o utilize, principalmente para as nossas crianças.
Após o fecho a cadeado, o Bloco de Esquerda entregou a chave à actual Presidente da Junta, responsabilizando-a pelo estado a que deixou chegar um espaço tão importante para as crianças como este.

Porque nem o Valado pode estar sem este espaço, nem este espaço pode estar sem condições, aguardamos a urgente remodelação, com piso de tartan, e com os equipamentos recuperados!

Entrevista em Nazaré FM

Graças ao Gargol (obrigado), aqui apresentamos entrevista da Nazaré FM a Fábio Salgado e António José Peixe, candidato à Assembleia e Câmara Municipais da Nazaré.
[pode ser ouvida aqui]
O Bloco de Esquerda, visitou ontem, quarta-feira durante a tarde, o Centro Social de Famalicão. Esta visita, guiada pelo vice-presidente Dr. Rui Oliveira, às actuais (gentilmente cedidas pelo clube Estrela do Norte, onde funciona a cozinha e a messe ) e as futuras instalações deste centro, aconteceu numa acção de pré-campanha desta candidatura, junto da população famalicense. Foi o Bloco de Esquerda alertado para as presentes dificuldades deste centro, desde logo pelo atraso com que recebem as comparticipações da C.M.Nazaré, devidas à confecção e distribuição das refeições por este centro social, desde Infantário, ensino básico nas escolas de Famalicão, Raposos e Quinta-Nova até ao apoio domiciliário.

O Bloco de Esquerda reconhece todo o empenhamento e boa vontade da Direcção do Centro Social bem como dos seus associados, em fazer avançar uma obra que qa todos seduz, serve  e orgulha.
O Bloco de Esquerda agradece a excelente recepção das gentes de Famalicão, embora não se esperasse outra coisa.

Proximamente serão efectuadas novas visitas a outros centros de cariz social, para perceber das suas dificuldades, bem como tentar encontrar soluções para os problemas existentes.

António José Peixe | Entrevista a Esquerda.net

Movimento Pela Igualdade no acesso ao casamento civil

O criado movimento pela igualdade segue a dicção de uma sociedade democrática, segue a coerência da igualdade de direitos de mulheres e homens ou simplesmente cérebros em corpos alfaiados nos desejos, com tensões visíveis, por nós mesmos e por outras e outros de nós, por seres, por caixas de inspirações, pela natureza ou pelo que nos externa.

O desejo pode ser o meu cuspo numa queda em directo chão da boca ou mesmo a queda de um mesmo motivo do útero, útero que tem que ser o que eu quero, é meu!; fígado que tem que ser o que eu quero, é meu!; escolha que tem que ser a que eu quero, é minha!
O desejo - esse despertar entre o corrimento de um certo sistema nervoso e de sangue- passa por todas as linhas do corpo-meu, pensar-meu, passa-me nas oblíquas , nas rectas, na música de qualquer instrumento que por descuido ou decisão engulo.

O movimento pela igualdade desperta a igualdade de acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é um movimento recente, aonde devemos exigir-nos activistas e participar na sua subscrição, divulgação, na sua realização; este movimento deve estar por todo o lado, tem que passar e entrar em cada cidadã e cidadão que vivem nos afectos de uma sociedade ainda acordada pela imensidão de um ingrato preconceito; «desarmem os preconceitos» e ultrapassaremos o irritável aguentar-se pelo passo a passo, pelo passo a passo da liberdade distribuída, pelo passo a passo de uma democracia que deveria dar-se em vida pela igualdade de escolha de qualquer pessoa.

Temos que ultrapassar os fantasmas dos antigos-recentes que ainda fazem parte do catálogo dos bons exemplos a saber dos programas escolares; temos que ver que as coisas são assim porque até agora não houve escolha; temos que perceber que este pó dos anos pode ser limpo; perceber que a religião é o desastre de qualquer andamento, é o naufrágio de qualquer navegação, a religião é a morte do corpo e a condenação do acidente natural do pensamento.


Limpemos o pó da dor, discriminação, da desigualdade com que nos convertem os dias, que são meus, que são teus, são nossos os dias. Limpemos o pó da tradição do antigo-imitar que via no amor o princípio da loucura, o início de indefesa mortal, cinzas que nos perseguem por entre séculos e cá estamos nós - aqui- numa democracia senil e ainda há quem doutore o mau-olhado e suas superstições , há ainda quem defenda que a igualdade e a cura de qualquer crise está na troca de uma moeda por outra, de um poltrão por outro; mas enquanto a tradição não for interrogada - não por ser tradição- mas por ser indevidamente escura, enquanto a religião não for simples e tão-só uma coisa de cada pessoa, uma coisa que se espera e que aparece quando o limite do que se sente não assiste ao incendiar de cada estímulo, a audácia física; enquanto a religião for deus e a sua massificação das regras de quem acredita e deseja, enquanto for feita de imprudências que alimentam a separação bizarra de funções entre a mulher e o homem e mais grave a separação entre as pessoas, tal qual quando - em séculos distantes - papas enviavam os seus paus-mandados para destruírem as heresias e a magia negra, não fossem as pessoas morrer com pagãos pensamentos; enquanto assim for seremos coisa nenhuma, por não sermos todas e todos.

Chega de margens, de uma tradição sempre num reviver da mesma separação social, de uma religião católica ou qualquer que seja feita de excrementos das vozes de púlpito, instituição privada que quer diluir-se e contaminar a constituição e que escraviza os ritmos do desejo de pensamento, de corpo, de afectos; que tempera com incómodos pecados as entranhas; temos que ir mais longe; a linguagem, que desde cedo constrói e veicula as nossas atitudes, não vem de improviso, vem de necessidades forjadas pelo poder de pessoas como nós, pois então se a linguagem não chega a toda a gente, temos que perceber que não podemos passar no tempo e perdê-lo, estamos vivas, estamos vivos.

O movimento pela igualdade é um movimento que repensa os pilares da sociedade e por isso devemos pensá-lo, repensá-lo, tê-lo como um preparado que embebede esta hierarquia fogosa que diz-me que devo agarrar aquilo e não isto; a defesa do acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo tem que ser a defesa de qualquer pessoa que defenda os direitos humanos, que defenda a democracia, a igualdade social, porque não há explicação que possa regrar o que piso, o que toco, a transformação facial e intemporal de um riso, o que choro, o que desejo, não pode haver regra que regule o que me faz vir, o que vivo, o que morro, não pode haver regra que defina os afectos, os beijos, o dar de mãos ou sequer o mais subtil e impreciso roçar do sexo noutro.
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